segunda-feira, 7 de julho de 2014

Dante pronto para enfrentar amigos alemães: "Melhor sensação do mundo"

Dante, 30 anos, deverá fazer a sua estreia em Copas do Mundo contra alguns de seus melhores amigos no futebol. Para alguns, sentimentos contraditórios, de poder lidar com a felicidade sabendo que ficará triste pelo próximo. Para ele, um baita de um motivo para sorrir - não importa o que aconteça no gramado do Mineirão na próxima terça-feira, às 17h (de Brasília), contra a Alemanha, pela primeira semifinal do Mundial.

Dante ao lado do goleiro Neuer, seu companheiro no Bayern (Foto: Getty Images )

O provável substituto do capitão Thiago Silva (suspenso) na seleção brasileira reencontrará sete companheiros de Bayern de Munique. São eles o goleiro Manuel Neuer, o zagueiro Jérôme Boateng, o lateral Philipp Lahm, o volante Bastian Schweinsteiger, os meias Toni Kroos e Mario Götze e o atacante Thomas Müller. Desses, apenas Götze chegou na última temporada - todos os outros passaram dois anos com o camisa 4 bávaro.

Levantar troféus foi uma atração em seu clube. Dante e seus amigos se sagraram campeões da Supercopa Alemã, Campeonato Alemão (duas vezes), Liga dos Campeões, Copa da Alemanha (duas vezes), Supercopa Europeia e Mundial de Clubes. Só Brasil ou Alemanha alimentarão o sonho de ter a taça mais cobiçada do mundo em casa - quem vencer enfrenta Holanda ou Argentina na decisão de 13 de julho, no Maracanã.
- Seria a melhor sensação do mundo. Não há nada melhor para mim do que jogar um jogo de Copa do Mundo no Brasil contra a Alemanha, onde eu vivi e vivo há um bom tempo. Estou ansioso pela partida – disse ao site da “Bundesliga”.

Brasileiro cumprimenta Kroos, mais um titular absoluto da Alemanha (Foto: Getty Images )

Mensagem de boa sorte
Já sabendo de sua provável condição de titular desde a sexta-feira, Dante destrinchou as qualidades do próximo rival brasileiro. Sobraram elogios, faltaram palavras para comunicar alguma fraqueza exposta - o que o defensor prefere deixar para o íntimo do vestiário.
- Destaco a experiência que eles têm. Nos últimos quatro Mundiais eles passaram pelas semifinais. É um time que tem muita experiência e joga junto há muito tempo. Temos que ter muito cuidado. Falei e desejei boa sorte em outros jogos com o Schweinsteiger. Trocamos algumas mensagens há alguns dias, mas nada demais. Tenho muito respeito. O pessoal não é muito disso, de brincadeiras e provocações. Espero que o Brasil saia vencedor e vá para a final. Conheço bem. Já joguei várias vezes com eles e várias vezes contra alguns deles. São todos grandes jogadores. Vale salientar que os atacantes são imprevisíveis.

Dante espera que o fator casa contribua a favor e possa ajudar a minimizar a ausência de Neymar, lesionado.
- Sabemos que a Alemanha está em grande forma e jogou muito, muito bem contra a França. Todos os jogadores são habilidosos e a grande arma deles é a capacidade de lid
ar com qualquer situação numa partida, mesmo se estão sob pressão. Eles estão acostumados com o calor e o gramado, mas talvez os torcedores possam nos dar apoio na terça-feira. Estamos em casa, o que tem de ser uma vantagem.
Recíproca verdadeira
Se Dante não teimou em agraciar o rival, Schweinsteiger fez o mesmo. Um dos mais próximos ao zagueiro e à cultura brasileira, o meio-campista sabe o que lhe espera na terça-feira.
- Eu ficaria muito feliz se ele pudesse jogar. Ele merece muito uma chance, até porque é uma pessoa de muito caráter. Eu nunca o vi um dia sequer triste nos treinamentos (em Munique). Ele está sempre feliz, sempre alegre, por isso ele merece a chance, definitivamente. A nossa vantagem é que a gente o conhece muito bem, tanto os seus pontos fortes, como os seus pontos fracos, assim como ele conhece bastante a gente também, exceto o Müller, que é um jogador imprevisível e a gente nunca sabe o que ele vai fazer.

Schweinsteiger quer ver amigo em campo nesta terça (Foto: Getty Images)

Schweini, porém, lembrou que o futebol praticado pelo Brasil passa longe de ser imbatível. Ou até mesmo encantador como em outros tempos.
- Concordo que existam algumas faltas muito duras. Nós temos a imagem do jogo brasileiro como se fossem 11 artistas em campo, mas o futebol mudou. Não há mais aquelas jogadas mirabolantes. São todos guerreiros, lutam em campo e temos que nos preparar pra isso – encerrou.

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