domingo, 18 de maio de 2014

Sobis veste tricolor, mas revê Grêmio com espírito vermelho: "Especial"


Rafael Sobis, Porto Alegre, Grêmio. Cria do Internacional, o atacante não vestirá vermelho, mas neste domingo vai reviver algumas das sensações que o acompanharam por algum tempo na carreira. Com as cores do Fluminense, o camisa 23 reencontra um rival que ele já cansou de enfrentar. Ganhou, perdeu, empatou. E não nega que é sempre um momento diferente.

- É um gosto especial jogar contra – disse.
As equipes se enfrentam na Arena, às 16h (de Brasília), pela quinta rodada do Brasileirão. O Sobis que volta ao Rio Grande neste fim de semana está feliz. Depois de um 2013 difícil, mas em que conseguiu se destacar, e de um início de 2014 estranho, com passagem pelo banco de reservas, vive boa fase, reencontrou gols e briga pela liderança do Campeonato Brasileiro. O Tricolor carioca, com nove pontos, tem jogador bem e persegue a ponta.
- Pelo momento de hoje, vejo o melhor possível para a nossa equipe. Não sabemos o que vai acontecer amanhã, daqui para frente, mas a expectativa é que siga como está.

Na chegada à capital gaúcha, Sobis conversou com a reportagem do GloboEsporte.com. Falou sobre o passado marcado por Gre-Nais, da melhora dele e do Fluminense e da chegada de Cristóvão Borges. Abaixo, a íntegra do bate-papo.  

Quais são as lembranças que você tem contra o Grêmio?


Tenho boas e ruins. Lembrança de campeão gaúcho, lembrança de perder campeonato gaúcho. Faz parte. Foi muito próximo. Quem joga aqui no Sul sabe o quanto é forte essa rivalidade. Talvez se ganhar o Gre-Nal você já fez pelo ano todo. Do outro lado também. A grandiosidade das duas equipes faz com que esse jogo seja tão especial.
O ano passado foi muito difícil, mas você conseguiu se destacar, foi artilheiro do Fluminense. E nesse ano, depois de um início difícil, volta a jogar em grande nível. Está melhor que no ano passado? Está mais satisfeito com o seu desempenho?
Tem o pessoal e o da equipe, né? O pessoal é bom e tal, mas nada vale se a equipe não vencer. Não adianta eu estar feliz num ambiente que tem cinquenta. Futebol é assim, fiz um ano muito bom, esse ano vivo um momento bom. Mas o momento bom depende muito do time. Hoje, no conjunto, nos encontramos, estamos muito bem, nos conhecemos muitas vezes no olhar, muitos jogadores já estão há um bom tempo aqui, prefiro que os dois andem juntos. O meu momento e o bom momento do time.
Com o Renato Gaúcho você fazia um papel que exigia muita marcação, deixava você longe do gol.

O Cristóvão devolveu você ao seu lugar?

Mais ou menos é a mesma função, mas estamos marcando mais em cima. Isso faz com que eu volte menos. A diferença é essa. Por consequência eu corro menos. Se antes eu corria oitenta metros e o outro corria trinta, corria vinte, hoje eu corro sessenta e o cara deve correr os seus cinquenta também. O Cristóvão soube dividir isso de cada jogador, por consequência eleva o nível do time. É o principal, mas a função é mais ou menos a mesma. E pelo fato de ter mais perna consigo chegar mais na área para fazer gols.
Está mais perto do gol...
Como volta menos, o time mais adiantado, a gente dividiu funções, eu acho que esse foi um pensamento bom, uma coisa boa que está dando certo.
São seis jogos com o Cristóvão. Foi uma evolução mais rápida do que vocês esperavam?
Quando a gente trabalha, se puder ganhar de 10 a 0 a gente ganha. Não é assim. O trabalho é sempre para fazer o melhor. Se não ganha, vem a desconfiança. E jogador sem confiança vira um jogador normal. Se ela está lá em cima, todo mundo vai jogar bem. É isso. A derrota tira a confiança. Você vê na imprensa todo mundo falando mal e você começa a pensar que não é bom mesmo. Vitória é importante, jogar bem é importante. Tentar convencer. Nem sempre é o ideal, mas no mínimo os três pontos para ter mais tranquilidade para jogadores, treinadores, direção e até para torcedores saírem na rua tranquilamente.

Sempre se falou que esse grupo do Fluminense é muito talentoso, principalmente ali na frente. Cristóvão achou o equilíbrio para esse time, para aliar talento e organização?
É um cara que trabalha muito, tenta conhecer bem os jogadores. Parece que no dia a dia acompanha muito futebol. Cada semana ele trabalha de acordo com o que vamos encontrar. Bola parada, enfim, várias coisas. Isso é legal, cobra muito. Independentemente do jogador que for, se tiver que dar bronca ele vai dar, sempre pensando na melhora. É o principal dele. Conseguiu colocar todos em alto nível, todo mundo que entra vai bem, todos num nível bom. É o diferencial do ano passado. Ano passado foram muitas lesões, muitos jogos sem sete ou oito, colocando meninos da base para jogar, talvez queimando etapas. E esse ano estamos bem, grupo bem, aprendeu com o que foi o ano passado e está bem nesse começo de campeonato.
É um começo de campeonato, o time briga no alto da tabela, vem a parada da Copa do Mundo que pode mexer com as equipes em termos de mercado, mas você já consegue ver o nível que o Fluminense pode alcançar na classificação do Brasileiro?
Pelo momento de hoje, vejo o melhor possível para a nossa equipe. Não sabemos o que vai acontecer amanhã, daqui para frente, mas a expectativa é que siga como está. Se a cada seis ganharmos cinco, está bom. Não vamos vencer todos, faz parte, mas vamos trabalhar para que até a parada da Copa tenhamos o máximo de pontos possível.

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