segunda-feira, 4 de agosto de 2014

Fernando Henrique: "Flu me deu tudo, mas o América-RN está em 1º plano"

Vice-campeão da Libertadores em 2008 pelo Fluminense, Fernando Henrique enfrenta pela segunda vez o clube onde se destacou jogando por quase 10 anos. Atual goleiro do América-RN, ele admite uma certa saudade do Rio de Janeiro e uma ligação afetiva com a equipe tricolor, mas garante que está feliz em Natal, onde mora de frente para o mar da praia de Ponta Negra, na zona Sul da cidade. Mecão e Flu iniciam na quarta-feira, na Arena das Dunas, a disputa por uma vaga para as oitavas de final da Copa do Brasil.
- O Fluminense me deu tudo, tudo na minha vida, todo o meu crescimento. Mas o América hoje está em primeiro plano, é o clube que eu aprendi a gostar. Já fomos campeões estaduais e esperamos trilhar alguns anos aqui com essa camisa maravilhosa do América - disse o goleiro.
Após encerrar o contrato com o Ceará em dezembro, o jogador de 30 anos chegou ao Mecão no início de fevereiro deste ano, quando Andrey, então goleiro titular do time, se machucou. Com discurso de campeão, o jogador assumiu a posição no gol alvirrubro e ajudou o time a vencer o Campeonato Potiguar. Depois da conquista nos primeiros meses de clube, Fernando Henrique entra em campo confiante no confronto diante do Fluminense, onde jogou de 2002 a 2011. A última vez em que o Flu esteve em gramados potiguares foi em 2007, quando conquistou o título da Copa do Brasil. 
- O Fluminense tem uma excelente equipe, a gente vem acompanhando os jogos deles. Mas, com o apoio do nosso torcedor, dentro do nosso campo, a gente sabe que nossa equipe é difícil de se bater. Então, vamos respeitar o Fluminense, mas, com certeza, vamos lutar para conseguir esta classificação - garantiu.
Será a segunda vez que o goleiro enfrentará o clube que o revelou. No primeiro reencontro, defendendo o Ceará, em 2011, Fernando saiu derrotado do Estádio Presidente Vargas, em Fortaleza. A partida válida pela Série A do Campeonato Brasileiro terminou com a vitória do time das Laranjeiras por 2 a 1, de virada.
- Foi complicado (enfrentar o Fluminense) porque foi o time que deu toda a minha formação. Por isso, sou muito grato, mas sou profissional. Fui derrotado pelo Fluminense, mas espero que desta vez o América-RN vença, e que eu e meus companheiros façamos um bom jogo para conseguirmos passar de fase na Copa do Brasil - reforçou.

O goleiro conta que se adaptou muito bem à capital potiguar e destaca a tranquilidade e a qualidade de vida que se pode ter em Natal. Fernando Henrique até brincou dizendo que não precisa acordar tão cedo para chegar ao treino, já que "aqui não tem aquele trânsito caótico". Ele falou ainda sobre aposentadoria e admitiu a possibilidade de morar na Cidade do Sol ou em Fortaleza depois de encerar a carreira.
- Eu tenho base em Bauru e no Rio de Janeiro, mas penso em ficar em Natal ou em Fortaleza depois que terminar de jogar futebol, para aproveitar a tranquilidade e as belezas naturais - afirmou

PONTO ALTO

Após o título da Copa do Brasil em 2007, o Fluminense disputou a Libertadores do ano seguinte, chegando à final do torneio sul-americano diante da equipe da LDU, do Equador. Com o Maracanã lotado, o Flu deixou escapar o título na decisão por pênaltis. 
- Tenho uma lembrança positiva. Acho que o Maracanã estava com 90 mil pessoas, lotado, e o torcedor viu o nosso esforço durante aquela competição. Foi uma competição que marcou minha carreira, e muitos lembram disso. Para mim, foi muito especial. Infelizmente, não conseguimos o título, mas conseguimos fazer um grande time. Somos amigos até hoje - relembrou.
Apesar da derrota, FH foi eleito o melhor goleiro da competição. Ele lembra com saudade daquele ano de 2008 e das boas defesas realizadas com a camisa tricolor. O paredão do América afirma ter sido o melhor momento da sua carreira no futebol.
- O primeiro jogo contra a LDU teve uma sequência de defesas. Lá em Quito é muito mais difícil defender por causa da altitude. A bola fica mais rápida. Aquela Libertadores foi muito boa para mim. Fui eleito o melhor goleiro. Foi o ponto mais alto da minha carreira - confessou.
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