segunda-feira, 7 de julho de 2014

Crise financeira faz Flamengo temer ser o 'novo Botafogo'


Nos últimos meses, o noticiário do Botafogo tem girado em torno dos atrasos salariais. O clube deve dois meses aos jogadores e o pagamento de direitos de imagem já completou cinco meses de atraso. Isso sem falar em algumas premiações. Porém, o Glorioso não é o único neste caos e o Flamengo já começa a temer que seu futuro próximo seja semelhante ao do Alvinegro. Isso porque, o bloqueio de receitas, algo que tem atrapalhado a vida dos botafoguenses, começou a importunar os flamenguistas.



Nesta segunda-feira, os salários dos jogadores completaram um mês de atraso. Para quitar a situação o Flamengo tentar desbloquear a verba de patrocínio da Caixa Econômica Federal, que paga cerca de R$ 2 milhões por mês para explorar a sua marca na manga do uniforme. Porém, esse dinheiro se encontra bloqueado há mais de dois meses porque o Rubro-Negro foi incluído no Cadastro Informativo de Créditos não Quitados do Setor Público Federal (Cadin) por irregularidades no registro dos valores de negociações internacionais.



O Banco Central exigiu essa medida por conta de problemas referentes ao período entre 1990 e 1998. Esse processo vinha sendo julgado e o clube foi derrotado em 2009. Cinco anos depois está obrigado a pagar a dívida, que era de cerca de R$ 33 milhões, corrigida, o que representa cerca de R$ 85 milhões.

Em relação às notícias sobre a cobrança de dívida do clube junto ao Banco Central do Brasil (BACEN), o Clube de Regatas do Flamengo esclarece que efetivamente houve uma execução fiscal do BACEN, referente às supostas operações de câmbio realizadas durante a década de 90 (transferências de jogadores para / do exterior).
A penalidade aplicada é proveniente de uma autuação administrativa realizada no ano 2000, cujo encerramento se deu apenas em última instância no ano de 2009. Decorridos cinco anos desde a decisão final administrativa (2009), o clube foi agora intimado a pagar o valor corrigido de R$ 85 milhões. O Flamengo, através de seu departamento jurídico, está recorrendo de todas as formas e em todas as instâncias judiciais para excluir, com a maior brevidade possível, o Clube do CADIN (Cadastro Informativo de créditos não quitados do setor público federal).

De qualquer maneira, está situação não afeta as Certidões Negativas de Débito, que permanecem em dia. Mais uma vez o Conselho Diretor reafirma sua luta incessante para que casos como este não comprometam as políticas de responsabilidade fiscal e financeira do Clube de Regatas do Flamengo.

O cenário se torna ainda pior porque a folha salarial do Flamengo gira em torno de R$ 9 milhões. Existe o temor, apesar de a diretoria tentar manter uma aparente tranquilidade, de que o atraso comece a se acumular e isso prejudique ainda mais o desempenho do time, penúltimo colocado no Campeonato Brasileiro, à frente apenas do lanterna Figueirense. Não existe ainda uma previsão para que a situação junto ao elenco seja normalizada.

Dentro de campo, os jogadores realizaram mais um trabalho na manhã desta segunda-feira, no Ninho do Urubu. O goleiro Felipe, recuperado de uma lesão na costela, o atacante Hernane, livre de dores no tornozelo direito, participaram da atividade e parecem que ficarão em definitivo à disposição do técnico Ney Franco.

O volante argentino Héctor Canteros, contratado na semana passada, também trabalhou. Já o zagueiro Erazo, que estava servindo à seleção do Equador na Copa do Mundo, fez apenas reforço muscular. Nesta terça-feira, o plantel volta a trabalhar na parte da manhã. O Flamengo volta a jogar pelo Brasileirão no dia 16 de julho, quando recebe o Atlético-PR no Estádio Cláudio Moacyr, em Macaé (RJ), pela décima rodada.

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